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Integrantes do MP participam de atividade educativa sobre patrimônio histórico cultural
Na semana em que se comemora o Dia Nacional do Patrimônio Histórico (17 de agosto), promotores de Justiça e servidores do Ministério Público estadual participaram durante todo dia de hoje (18) de uma atividade educativa voltada para conscientiza-los da importância do trabalho desenvolvido pelo MP sobre a temática. Promovida pelo Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (NUDEPHAC), a atividade teve início com a visita ao Terreiro Mokambo, localizado no bairro do Trobogy e o primeiro tombado na Bahia, onde aconteceu uma roda de conversas sobre as religiões de matriz africana. Na oportunidade, o pai de santo Taata Anselmo apresentou o memorial ‘Kisimbiê – Águas do Saber’, que conta a história da ancestralidade da casa, dos povos bantos e o legado deixado pela história africana.
Em seguida, o promotor de Justiça Edvaldo Gomes Vivas, coordenador do Nudephac; Taata Anselmo e Ana Vaneska Santos de Almeida, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura (CEC) e presidente da Câmara de Patrimônio Histórico do CEC, realizaram palestras sobre a história dos terreiros e a convergência de saberes transmitidos pelos povos africanos. “Quando os adeptos da religião de matriz africana sofrem violência por conta de sua religião, eles procuram o Ministério Público e nada melhor do que trazer quem trabalha no órgão para conhecer, desmistificar o conceito de terreiro e entender por que eles são considerados patrimônio cultural”, afirmou o promotor de Justiça.
Para a palestrante Ana Vaneska, “estamos passando por um momento muito grave, de ascensão de forças conservadoras, de intolerância religiosa, que envolve uma força bruta que se coloca contra as religiões de matriz africanas, e o Ministério Público tem uma relevância muito grande na manutenção da Justiça no País.”. Ela destacou também a importância dos promotores de Justiça e servidores do MP, que trabalham com a temática, se aprofundarem no assunto, tendo “ciência de que quando falamos de candomblé não estamos falando de uma religião especifica, mas sim de acúmulo de legados de diversos povos que vieram da África e só conseguiram a autopreservação porque o Candomblé deu sustentação a isso”. Durante a tarde, a equipe do MP visitou também o Museu de Gastronomia Baiana, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), e o Museu Afro Brasileiro, no Pelourinho.
Fotos: Erik Salles / Rodtag Produtora