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Agrotóxicos, saúde e segurança no trabalho rural e urbano são discutidos em curso promovido pelo MP e Fundacentro
O tráfico de animais silvestres, a utilização de agrotóxicos e fatores de risco no ambiente de trabalho foram discutidos no curso 'Segurança, Saúde e Meio Ambiente no Trabalho Rural e Urbano no Território do Recôncavo Sul', promovido nos últimos dias 24, 25 e 26 de julho no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) do campus de Santo Antônio de Jesus. O evento foi promovido pela Promotoria Regional Ambiental do Recôncavo Sul, em parceria com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), e contou com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho, do Corpo de Bombeiros e do Ministério do Trabalho. Participaram do curso 75 profissionais, dentre eles comerciantes locais, membros de sindicatos, técnicos de segurança do trabalho e servidores dos municípios de Santo Antônio de Jesus, Dom Macedo Costa e Varzedo.
As questões ambientais da região, como a destruição de nascentes de rios, o tráfico de animais e a utilização de agrotóxicos, foram abordadas em palestra proferida pelo promotor de Justiça Julimar Barreto. O coordenador do setor agrícola da Fundacentro Bahia/Sergipe, Armando Xavier, afirmou que o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos e permite, inclusive, a comercialização de produtos que são proibidos em outros países. No curso, também foram divulgadas técnicas para solucionar transtornos enfrentados pelos profissionais participantes. Representante da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), o técnico Daniel Dourado ensinou uma fórmula simples, e que pode ser feita em casa, para combater pragas como formigas e a “mosca negra”, que vêm destruindo a produção de citrus na região.
Parceria
No encerramento do curso, todos os participantes visitaram uma casa de farinha no município de Dom Macedo Costa para conhecer todo o processo produtivo dessa cultura e identificar fatores de risco no ambiente para a saúde do trabalhador. Para eliminar a poluição dos rios e lençóis freáticos causada pelo descarte incorreto da água de manipueira, a água que é extraída da mandioca prensada, foi firmada no evento uma parceria entre o prefeito de Dom Macedo Costa, Egnaldo Piton, e o promotor Julimar Barreto. O início do projeto será consolidado em uma audiência pública com todos os interessados e participantes das etapas de produção de mandioca.
* Estagiária de Jornalismo com supervisão de George Brito (DRT-BA 2927)