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#MPnoCarnaval - Serviço Viver e IML são orientados a trabalhar de forma articulada
Em visita institucional realizada na tarde de hoje, dia 9, à sede do Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência Sexual (Viver), o Ministério Público estadual identificou a necessidade de uma melhor articulação entre o Serviço Viver e o Instituto Médico Legal (IML) no primeiro acolhimento das vítimas, especialmente na realização do exame de corpo de delito. “Este momento é muito delicado, principalmente quando trata-se de crianças. O atendimento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar e com muita eficiência para que as provas sejam colhidas também de forma eficiente, impedindo qualquer tipo de impunidade”, declarou a coordenadora do Grupo de Trabalho do Carnaval, promotora de Justiça Lívia Santana Vaz, que também coordena o Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher e População LGBT (Gedem). Diante da constatação, o MP vai oficiar a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) para que adote medidas de maior articulação entre os órgãos. A visita às unidades foi feita pelas promotoras de Justiça Lívia Vaz e Andrea Borges e servidores do MP.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH), promotora de Justiça Márcia Teixeira, também ressaltou a necessidade da vítima ser acompanhada por profissionais psicossociais do Serviço Viver no momento do exame. “Está havendo uma divisão do trabalho, quando deveriam trabalhar em conjunto. A vítima chega no Serviço Viver e é direcionada ao IML ou ela chega diretamente ao IML por meio das delegacias policiais sem que o Serviço Viver faça o devido acolhimento”. Durante a visitação, os funcionários já foram orientados pelas promotoras de Justiça a realizarem os procedimentos de forma articulada.
Uma visita à Ronda Maria da Penha também foi feita na tarde de hoje pela equipe de trabalho do MP. “Observamos que o posto está funcionando 24 horas prestando apoio às instituições que trabalham na Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e hoje não houve ocorrências registradas, embora no Plantão de Atendimento Integrado do Ministério Público tenham sido atendidas duas mulheres vítimas de violência, sendo uma delas encaminhadas à Ronda Maria da Penha já com medidas deferidas”, disse Márcia Teixeira.
Fotos: Mário Soto / Rodtag