Você está aqui
MP cobra melhoria em colégio do Bairro da Paz
MP cobra melhoria em
colégio do Bairro da Paz
Dois prédios distantes um do outro, sem iluminação, sem esgoto nem pavimentação no espaço entre um e outro, sem área de lazer, sem ventilação e com quadro pessoal escasso. No meio disso tudo, e sem nenhum conforto, crianças e adolescentes aglomeram-se para estudar. Isso porque é em um galpão onde funcionava um mercado e em uma casa construída sobre um brejo, ambos em péssimas condições, que funciona atualmente, de forma improvisada, o Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, na Rua Salvador da Pátria, Bairro da Paz. Para tentar reverter esta situação antes do início do ano letivo, o Ministério Público do Estado da Bahia instaurou um procedimento investigatório e, por intermédio da coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Educação (Geduc), promotora de Justiça Maria Helena Xavier Matos, oficiou a Superintendência de Organização e Atendimento da Rede Escolar (Supec), ligada à Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), cobrando informações sobre a reforma ou construção de um novo colégio.
O Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos foi visitado pelo procurador-geral de Justiça Lidivaldo Britto em 12 de novembro último, oportunidade em que o chefe do Ministério Público constatou o funcionamento precário da instituição de ensino, que, em 2008, atendeu 1.410 alunos, sendo 1.072 do ensino fundamental e 332 do ensino médio, e precisa urgentemente de uma sede própria, pois existe o risco de cerca de 400 crianças ficarem fora das salas de aula este ano. De acordo com a vice-diretora Cláudia Maria Moura de Alcântara, que prestou declarações à promotora de Justiça Maria Helena Xavier, o colégio não possui vagas suficientes para atender a demanda em razão da falta de espaço. Segundo ela, as escolas mais próximas do bairro são as de Mussurunga e Itapoan, mas como os pais dos alunos geralmente não têm recursos financeiros para o transporte dos filhos, eles possivelmente terão que se deslocar a pé, atravessando duas pistas da Avenida Paralela, num percurso onde estarão sujeitos a estupros, assaltos e outras formas de violência. Segundo a coordenadora do Geduc, caso o Estado não resolva a questão do colégio estadual do Bairro da Paz, o MP deverá ingressar na Justiça com uma ação civil pública para assegurar às crianças e jovens da região o direito fundamental à educação.
Atenção, jornalista! Cadastre-se nas nossas listas de transmissão por meio da nossa Sala de Imprensa e receba nossos releases.