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Denunciados integrantes de organização criminosa desvendada pela 'Operação Aposta'
Denunciados integrantes de organização
criminosa desvendada pela 'Operação Aposta'
Vinte integrantes de uma organização criminosa desarticulada em uma megaoperação de combate à prática de jogos de azar empreendida em 2007 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ás Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público estadual (MPE), conjuntamente com o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), foram denunciados à 2ª Vara Federal pelo MPF. Eles devem responder por crimes como contrabando; formação de quadrilha; lavagem de capitais; manutenção de depósitos não declarados no exterior; obtenção de ganhos ilícitos em detrimento de número indeterminado de pessoas mediante processos fraudulentos por meio de máquinas eletrônicas programáveis; porte, detenção e fornecimento de arma de fogo sem autorização legal; e guarda de cédulas falsas.
Durante a “Operação Aposta”, realizada em Salvador, no dia 21 de agosto de 2007, foram fechados 33 pontos de jogos de azar, confiscadas 1.050 máquinas caça-níqueis e apreendidos cerca de R$ 3 milhões, além de farta documentação. A partir da megaoperação na capital baiana, foram deflagradas diversas operações no interior do Estado, restando comprovada a existência de uma organização criminosa voltada para a exploração ilícita de jogos de azar por meio de máquinas caça-níqueis, com ramificações não só na Bahia, mas também fora do Brasil.
Foram identificados como integrantes da organização criminosa: o fundador e líder da Paratodos na Bahia, Adilson Santana Passos; seu filho e sucessor, Adilson Santana Passos Júnior; o diretor de Apurações da Paratodos, José Geraldo Souza de Almeida; os filhos dele, Leandro e Leonardo Reis Almeida, e o diretor financeiro do grupo, Deusdete de Souza Araújo, ex-prefeito do município de Varzedo (Ba). Ligados a este “núcleo”, também foram denunciados Raimundo de Freitas Medina, Valfrido Lopes Barreto; Landulfo Vital de Araújo; o filho dele, Lenilton Santana Araújo; Balbino Barreto Santana; João Carlos Pinto, Arivaldo dos Santos Cirqueira, Joildo Nogueira Neri e José Carlos de Jesus. São réus, ainda, o líder do esquema criminoso denominado OM/2M2B, responsável pela infraestrutura de contrabando, montagem dos caça-níqueis e distribuição das máquinas em diversos pontos da capital baiana e interior do Estado, Augusto César Requião da Silva; sua irmã, Luciana Requião da Silva; os sócios da OM/2M2B, José Luís de Oliveira Simões e Valdemir Acácio Osório; bem como Luiz Paulo Bacellar de Pinho.
Além da farta documentação comprobatória apreendida durante a “Operação Aposta”, foram utilizados na denúncia do MPF relatórios de análises de mídias e de perícias produzidos pela Polícia Federal. A operação, explica o Ministério Público Federal, desnudou a dinâmica do jogo ilegal na Bahia, composto por uma megaestrutura de exploração de milhares de máquinas eletrônicas programáveis – mais de 7 mil – e um forte esquema de empresas de fachada utilizadas para a lavagem de capitais ilícitos. As investigações desvendaram, ainda, as conexões entre os núcleos da organização criminosa e seu alto grau de alcance, que tem como características: ramificações na atividade política; monitoramento das ações do aparelhamento estatal de segurança pública; incursões direcionadas à corrupção de agentes públicos; além do histórico de mortes violentas de pessoas envolvidas com a organização, especialmente relacionado ao núcleo Paratodos.
*Com informações da Ascom/MPF-Ba
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