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Candidatos ao cargo de promotor de Justiça tiveram fim de semana de provas
Candidatos ao cargo de promotor de Justiça
tiveram fim de semana de provas
A caminho da realização de um sonho, bacharéis em Direito de vários cantos do país deram mais um passo importante neste último fim de semana, quando realizaram, em Salvador, mais uma etapa do ‘Concurso para Ingresso na Carreira do Ministério Público do Estado da Bahia’. Nas malas e mochilas, traziam livros, muitos livros, que os auxiliariam a responder as questões das provas relativas aos direitos Constitucional, Administrativo e Eleitoral (no sábado) e Civil e Processual Civil (no domingo). Nos corações, ansiedade, tensão, esperança e vontade, uma vontade enorme de ingressar na carreira que, segundo o brasiliense Rodrigo Almeida, “é nobre pela sua possibilidade de transformar a realidade”. Para ele, assim como para outros tantos candidatos, entre os quais defensores públicos e juízes que também realizaram a prova, “o salário atrai, mas a função relevante de defensor da sociedade é que nos move a estudar e transpor diversas barreiras”. Com passagem marcada de volta para Brasília ainda ontem (16) após o fim da prova, Rodrigo Almeida, que há cinco anos estuda para ingressar na única carreira que quer seguir, retornava para casa e para mais uma semana de trabalho “feliz” porque acredita que fez boas provas. No próximo fim de semana, lembrou ele, “estarei aqui cansado, mas preparado para mais uma bateria de provas”.
Eugênio Carvalho, um norte-rio-grandense de 29 anos, também estava “tranquilo”. Ele, que foi o primeiro a terminar a prova no sábado, às 17h15, afirmou que achou as questões bem elaboradas e “simples”. Há sete anos formado, Eugênio, que há quatro só estuda e já está aprovado no concurso para promotor de Justiça do Rio Grande do Norte e aguarda o resultado da prova oral de Sergipe, foi a sétima pessoa a deixar a Faculdade Baiana de Direito ontem. Sem tanta experiência, o baiano Ailson Marques, de São Gonçalo dos Campos, também gostou da prova do sábado, mas achou a de domingo “um pouco mais complicada”. No primeiro dia, ele foi a segunda pessoa a deixar o local de provas destacando que “as questões foram muito bem elaboradas, trazendo temas atuais e relevantes, integrando vários conteúdos. Vocês estão de parabéns!”. Ontem, ele, que quer muito ser promotor para buscar assegurar o direito das pessoas carentes, disse que “não foi muito bem”. Mas ainda assim, assinalou o advogado, “queria destacar o quanto achei a prova bem feita”. Os elogios, avaliou o secretário da Comissão do Concurso, promotor de Justiça Antônio Ferreira Villas Boas, reforçam a convicção de que a prova foi muito bem trabalhada de forma que trouxe aos candidatos uma tranquilidade para respondê-la. “Não ouvimos comentários negativos”, afirmou o secretário, destacando que, até agora, houve acerto em todas as escolhas e passos dados. Desde a primeira prova, tudo está funcionando bem, complementou ele, informando que não houve nenhum incidente e que espera que tudo se mantenha assim. No sábado, apenas 16 das 329 pessoas que faria a prova faltaram. Ontem, 17 não compareceram.
Também acreditando no sonho de ser promotora de Justiça, a chefe de cartório Paula Oliveira disse estar confiante. Ela, que foi a terceira pessoa a terminar a prova no sábado, lembrou que, quando iniciou os estudos, queria muito ser juíza, mas agora “quero mesmo é ser promotora”, disse Paula, afirmando que fez boa prova. Rafaela de Melo que está mais uma vez batalhando para passar no concurso para ingresso na carreira do MP baiano já é membro do Tribunal de Justiça de São Paulo há um ano, mas o que quer mesmo é voltar para sua terra natal e ser promotora, “o que talvez dessa vez dê porque a prova foi bem elaborada e estava tranqüila”, disse Rafaela, que deixou o local da prova ontem às 18h. Pelo visto, tudo ocorreu na mais absoluta normalidade, pontuou o presidente da Comissão do Concurso, procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva. Ele, que acompanhou os dois dias de realização das provas junto com membros da Comissão do Concurso, afirmou que a expectativa foi confirmada no sentido do comparecimento dos candidatos. A normalidade do fim de semana, destacou o PGJ, “dá-nos a absoluta convicção do acerto e da diligência e cuidado que a comissão teve juntamente com todo grupo de apoio da organização, de maneira que temos a expectativa de que na próxima semana tudo ocorra na mais absoluta normalidade e que possamos concluir esse ciclo tranquilamente, dando início à correção dessas provas discursivas com todo respeito aos prazos consignados no regulamento do concurso”. A realização das provas foi acompanhada ainda pelo procurador-geral de Justiça Adjunto para Assuntos Jurídicos, Rômulo Moreira; pelos promotores de Justiça Júlio Travessa e Adalvo Dourado; e pelo representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/BA), Luís Viana – todos membros da Comissão do Concurso – e pelos promotores de Justiça Luís Cláudio Cunha Nogueira, Fernando Lucas Villar e André Garcia.
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