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“Dia Mundial da Saúde”: Febre Amarela é tema de mesa redonda no MP
Para marcar a passagem do 'Dia Mundial da Saúde', o Ministério Público estadual promoveu hoje, dia 7, em Salvador, uma mesa redonda sobre febre amarela. No encontro, o Ministério Público e as entidades parceiras da área de saúde buscaram alertar a população para o problema da febre amarela e traçar diretrizes sobre como proceder diante do reaparecimento da doença no país. Embora o tema eleito pela Organização Mundial de Saúde para este ano tenha sido a depressão, nacionalmente o combate ao mosquito Aedes Aegypti e às doenças vetoriais foi definido pelo Ministério da Saúde e pelos conselhos nacionais dos Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conassems) como prioritário para o Brasil. “Diante das diretrizes apontadas aqui, será traçada uma linha de atuação para combater a febre amarela, que talvez seja o problema que mais nos aflija nos dias atuais”, salientou o promotor de Justiça Rogério Queiroz, coordenador do Centro de Apoio de Defesa de Saúde do MP (Cesau).
A palestra principal foi ministrada pela infectologista Adielma Nizarala, que falou sobre as principais características da febre amarela destacando que a doença não é contagiosa, mas precisa ser tratada com muito cuidado. “Ainda não houve nenhuma ocorrência entre humanos na Bahia, mas qualquer caso suspeito deve ser notificado”, salientou, listando como sintomas de alerta febre alta que dure mais de sete dias, associada a pelo menos dois dos seguintes sintomas: dores de cabeça, dores abdominais, prostração, icterícia (olhos amarelados), náuseas, vômitos e hemorragias. Nizarala alertou ainda para o fato de 90% dos casos serem assintomáticos. A maioria dos pacientes experimenta apenas a forma leve da doença, que pode ser tratada nas unidades de saúde. “Os casos mais graves, porém, exigem internamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e podem levar à morte, mas são raros”. Diretora de Vigilância da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Geruza Moraes da Cunha falou sobre a importância da imunização, assegurando que a vacina está sendo distribuída de forma controlada e não irá faltar para o público-alvo. “Se vacinar é a forma mais eficiente de prevenção, ninguém que precise deixará de ser imunizado”, complementou.
Doiane Lemos, subcoordenadora de controle de Doenças Imunopreveníveis da SMS, salientou que uma dose da vacina é suficiente, não havendo necessidade de que alguém já vacinado busque novamente as unidades de saúde. “Quem já se vacinou não deve se vacinar outra vez, pois existe risco de doenças adversas e mesmo de reação alérgica”, pontuou. A diretora de Vigilância Epidemiológica do Estado (Divep), Maria Aparecida Araújo, destacou que “não há motivo para pânico”, lembrando que, na Bahia, a doença não atingiu nenhum ser humano. “Até agora tivemos 16 casos suspeitos, nove dos quais ainda estão em investigação, aguardando resultado de exames laboratoriais”. Nos 18 municípios onde houve 32 casos de febre amarela em animais, todas as casas foram borrifadas para exterminar o mosquito e a população foi completamente imunizada, sem que houvesse nenhum caso registrado da doença em humanos. A superintendente de Vigilância e Proteção da Saúde do Estado, Rívia Barros, destacou a importância do papel do MP na fiscalização e na conscientização da população. “Não se pode perder o foco de que o cuidado começa na atenção básica. Se o trabalho de base for bem feito, o problema da febre amarela não tomará maiores proporções na Bahia”, afirmou
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