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MP integra projeto de pecuária sustentável no município de Teixeira de Freitas
Com o objetivo de estimular a atividade pecuária a partir do correto manejo da pastagem, o Ministério Público estadual, em parceria com a World Resources Institute (WRI Brasil), deu início ao projeto Pecuária Sustentável, nesta segunda-feira, 26, no município de Teixeira de Freitas. A iniciativa também conta com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura da cidade e do Programa Arboretum, centro de desenvolvimento florestal sustentável instituído pelo MP. Para marcar o lançamento do projeto, aspectos teóricos e os benefícios da implantação do Sistema Voisin Silvipastoril foram apresentados aos produtores rurais da região, em palestra ministrada pelo zootecnista Flávio Baracho, consultor convidado pela WRI. A palestra integrou as atividades da Semana da Agricultura Familiar, realizada no distrito de Jardim Novo.
Segundo Baracho, o sistema Voisin Silvipastoril permite uma rotatividade do gado em várias áreas previamente delimitadas no imóvel rural, aliando o bem-estar animal ao descanso necessário do solo e do pasto. O zootecnista ainda destaca que o correto manejo do pasto pode aumentar a produtividade de leite em 20%. Já o ganho com o gado de corte pode ser até quatro vezes maior, comparado a produção de uma pecuária extensiva, sem cuidado algum com a pastagem.
As próximas ações do projeto acontecem nos dias 29 e 30 de julho, quando serão desenvolvidas atividades práticas, em um imóvel rural escolhido como unidade demonstrativa, para a instalação de equipamentos e instruções de manejo do pasto, permitindo a replicação do modelo.
Para o promotor de Justiça Ambiental Fábio Corrêa Fernandes, gerente do Programa Florestal Legal, a pastagem degradada é um dos maiores problemas ambientais a serem enfrentados no Brasil. “Projetos como a Pecuária Sustentável proporcionam um conhecimento teórico e prático ao produtor rural para que suas áreas de pastagem sejam corretamente manejadas. Caso o pasto chegue a uma condição degradada, além de constituir um dano ambiental em si, também exerce uma pressão para a abertura de novas áreas por meio de supressão de florestas”, ressalta.
*Estagiária de jornalismo sob supervisão de George Brito (DRT-BA 2927)