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Centenas de mães participam de palestra sobre reconhecimento de paternidade em Mata de São João
Vanessa da Silva, diarista, é mãe de Pedro, de cinco anos, que não tem o nome do pai no registro de nascimento. Para regularizar a documentação da criança, ela esteve hoje pela manhã (26), na Escola Célia Goulart de Freitas, no município de Mata de São João. Ela foi conhecer os projetos “Paternidade Responsável” e “Sou gente de Verdade”, promovidos pelo Ministério Público estadual. Além dela, mais de 400 mães e responsáveis foram convidados pela instituição para participarem de uma palestra de conscientização sobre a importância do reconhecimento paterno na vida das crianças. Amanhã, dia 27, a mesma atividade será realizada no município de Itanagra. Promotores de Justiça e uma equipe de servidores da instituição retornarão à região nos dias 13 e 14 de novembro para realizarem audiências, que podem resultar em reconhecimentos de paternidade, acordos de alimentos, realização de exames de DNA gratuitos ou ajuizamento de ações. A iniciativa é do Núcleo de Promoção da Paternidade Responsável (Nupar) e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitorais (Caocife).
Em um levantamento feito pela Secretaria de Educação Municipal, 441 crianças matriculadas na rede de ensino não são reconhecidas pelos seus pais biológicos na localidade. A promotora de Justiça Carolina Cunha da Hora Santana, que atua em Mata de São João, destacou que a iniciativa é uma das formas de aproximar o Ministério Público da comunidade e levar os serviços prestados pela instituição de forma mais direta à população. “Muitas famílias têm dificuldades financeiras para se descolar e nosso maior objetivo é facilitar o acesso das pessoas aos serviços. Além disso, o projeto busca resolver demandas da comunidade sem precisar de ações judiciais”. A palestrante Ana Patrícia Jardim, que integra a equipe de servidores do Nupar, ressaltou que “esse diálogo busca conscientizar as mães e responsáveis sobre a relevância da criança ter a sua paternidade reconhecida e, consequentemente, seus direitos assegurados”.
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