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Palestra aponta novas tendências da tecnologia e seus impactos na Justiça
Segurança de dados, infraestrutura de redes e armazenamento em nuvem foram das principais tendências da tecnologia aplicável ao Judiciário apontadas pelo advogado e ativista em inovação Ademir Picoli, durante o painel ‘Perspectivas 2023: tecnologia e inovação e o impacto na Justiça’. “Queremos automatizar tudo que for automatizável na Justiça brasileira, garantindo, através da inovação tecnológica, que os operadores do Direito tenham cada vez mais tempo para lidar das questões da Justiça propriamente ditas”, afirmou ele, que é também o idealizador e CEO do Judiciário Exponencial (J.Ex). A palestra aconteceu ontem, dia 7, durante o Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação dos Ministério Públicos e Tribunais de Contas (Enastic). Realizado, em sua sétima edição, pela J.Ex em parceria com o Ministério Público da Bahia, o evento tem o objetivo de promover reflexões a respeito de temáticas relevantes para implementação de metodologias de trabalho inovadoras no segmento.
O pesquisador destacou a importância de que o sistema judiciário esteja preparado para o que chamou de ‘Justiça do futuro’. “Essa Justiça, aliás, é cada vez mais presente”, afirmou, apontando mudanças ocorridas em boa medida após necessidades reforçadas pela pandemia, como o modelo híbrido de trabalho. “Foram desenvolvidas ferramentas, metodologias, sistemas, tudo para possibilitar que o direito fundamental ao acesso à Justiça não fosse negado a ninguém durante a pandemia”, frisou Ademir, acrescentando que durante o processo, se tornou perceptível que, mesmo fora do contexto pandêmico, essas técnicas poderiam otimizar a prestação Jurisdicional. “Com a tecnologia ao seu lado, a Justiça ganha em escala e em eficiência”, ressaltou.
Ademir explicou que o Judiciário Exponencial (J.Ex), empresa que ele lidera, realiza seu trabalho com base em tendências apuradas por meio de uma pesquisa que acompanha as inovações aplicadas por mais de 250 instituições de Justiça. “Com base nesse mapeamento, norteamos trabalhos como o que estamos apresentando aos senhores durante esse Enastic, avaliando o quanto a tecnologia pode agilizar os processos na Justiça”, disse o CEO da J.Ex. Piucoli afirmou que o foco principal do trabalho desenvolvido por ele é impedir que a Justiça seja “pega de surpresa” pela agilidade da tecnologia.
Ainda na tarde de ontem, o evento debateu as estratégias de inovação no Tribunal de Contas da União (TCU) e contou com uma palestra sobre ‘Keynotes: criptomoedas e NFT’. O evento segue até a sexta-feira, 10, e discutirá temas como o Chat GPT, o Big Data Analytics e suas aplicações práticas, além de casos de sucesso no implemento de novas tecnologia em Ministérios Públicos e Tribunais de Contas.
Fotos: Humberto Filho Cecom MPBA