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Membros e servidores se unem para pensar o MP do futuro
Membros e servidores se unem
para pensar o MP do futuro
“Esta reunião já nos assegura que membros e servidores poderão produzir uma síntese que alimenta nossa expectativa de construirmos juntos um ambiente institucional cada vez melhor. Tenho convicção de que nosso esforço conjunto não será em vão. Este debate sério e maduro produzirá frutos que contribuirão para nossa missão de melhor servir à coletividade”. Com esta confiança, o procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva abriu na manhã de ontem, dia 30, no Hotel Deville, o 'I Encontro do Comitê de Planejamento', grupo responsável por formular a versão inicial do Plano de Gestão Estratégica do Ministério Público da Bahia. Diante dos 205 participantes, entre procuradores e promotores de Justiça da ativa e aposentados e servidores da capital e do interior, o chefe do MP classificou o encontro como “um momento especial de unidade institucional”, conclamando todos, “sob a ética da responsabilidade, a fazer o melhor pela instituição que atuamos, visando sobretudo o interesse público”.
De acordo com Wellington César, a melhor forma de trabalhar no MP é com a observância do texto constitucional, “que deve ser o nosso farol”. Ele destacou a necessidade de a atuação institucional ser pautada na sobriedade, devendo ser banido o culto à personalidade. “O MP é uma obra aberta, coletiva, permanente e duradoura, e esse encontro prima por estas características”, observou o PGJ, salientando a importância dos integrantes do MP baiano contarem com mecanismos para avaliar em que medida precisam redirecionar os rumos da Instituição, “fazendo uma incursão no futuro a partir da interferência no presente”.
Contando com quadros qualificados, o Ministério Público é uma instituição da qual o País não pode prescindir, afirmou Wellington César, demonstrando sua preocupação com “as várias propostas que hoje tramitam no Congresso Nacional e que objetivam aniquilar o Ministério Público”. De acordo com o PGJ, “o MP contraria interesses políticos, econômicos e subterrâneos, e, por isso, precisamos ter uma definição clara do caminho que devemos trilhar para vencer essas dificuldades”.
Método Grumbach
Acompanhado de perto pelo coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica do MP, promotor de Justiça Waldemir Leão, o encontro teve prosseguimento com a palestra 'Método Grumbach de Gestão Estratégica', proferida pelo professor Raul Grumbach, diretor da 'Brainstorming Assessoria de Planejamento e Informática', empresa contratada para prestação de serviço de consultoria para elaboração do Plano de Gestão Estratégica do MP baiano. Frisando que o Ministério Público de hoje é resultado do que foi construído no passado, ele convocou os participantes do encontro a plantarem hoje o MP do futuro. “Vamos pensar estrategicamente no futuro e construir o MP de 2023”, salientou Grumbach, pontuando a necessidade de se trabalhar em conjunto – pois quem quer se dar bem sozinho vai-se dar mal” –, estar atento às mudanças e preparados para fazer frente às ameaças.
Ele lembrou que, até a década de 1930, as instituições faziam planejamentos a longo prazo, pois não havia maior necessidade de se planejar. Na década de 1950, os estrategistas que atuaram na 2ª Guerra Mundial foram para as empresas privadas e implantaram o 'Planejamento Estratégico', a maneira de pensar estrategicamente a instituição. A partir de 1970, o processo evoluiu para a 'Gestão Estratégica', uma vez que não é necessário apenas planejar, mas também elaborar um plano de gestão de resistências e de monitoramento das questões estratégicas. Raul Grumbach informou que sua empresa atua no mercado há 14 anos, com o 'Método Grumbach de Gestão Estratégica', cuja ideia central é a de modelagem de cenários prospectivos, “com simulações do que poderá ocorrer amanhã e trazer impactos para a instituição”.
Preparar o Futuro
Após a palestra, no final da manhã, foi iniciado o curso propriamente dito de 'Planejamento Estratégico Apoiado em Cenários Prospectivos com a Aplicação do Método Grumbach' e as 'Instruções de Diagnóstico Estratégico para as Atividades do Comitê de Planejamento', que se estenderam até o início da noite, com o consultor da Brainstorming, Joe Weider. Ele explicou aos membros e servidores que o Plano de Gestão Estratégica do MP da Bahia será construído em processo participativo amplo, monitorando os indicadores e integrando os sistemas de gestão. Por meio desta estratégia, serão buscados resultados de curto, médio e longo prazos, adiantou ele, apresentando o cronograma montado pela Brainstorming para desenvolvimento e implantação do Plano. De acordo com o consultor, o plano será desenvolvido com uma visão de futuro, levantando-se em conta todos os futuros possíveis em um horizonte temporal específico para analisar o que é mais provável de ocorrer e o que fazer diante desses acontecimentos. O propósito, esclareceu Joe Weider, “é estabelecer estratégias capazes de preparar a Instituição para o enfrentamento ou aproveitamento dos acontecimentos fora de sua competência e alterar, em seu favor, as possibilidades de ocorrência dos acontecimentos abrangidos por sua esfera de competência”.
Após o curso, informou o consultor, os integrantes do Comitê receberão nos próximos dias login e senha para apontar de forma online, através dos software Puma, sugestões e críticas dos processos e recursos tecnológicos, humanos, financeiros e materiais, elaborando um diagnóstico da Instituição nos diversos setores. O processo de implantação do novo modelo de Gestão Estratégica será dividido em quatro etapas: a formulação da versão inicial do Plano Estratégico pelo Comitê de Planejamento; o alinhamento da versão inicial durante três encontros regionais; a conclusão da primeira versão do Plano; e a atualização do Plano de Gestão Estratégica (com lançamento dos dados monitorados).
O coordenador da Assessoria de Gestão Estratégica do MP, Waldemir Leão, destacou o êxito do encontro pelo nível de engajamento e comprometimento dos participantes. Ele ressaltou ainda a participação expressiva de membros da 2ª instância e de servidores, “o que vai ao encontro do propósito de integrar o MP do ponto de vista institucional e de gestão”.
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