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Madeira ilegal apreendida em Operação Olho Vivo II será transformada em mobília escolar
Madeira ilegal apreendida em ‘Operação
Olho Vivo II’ será transformada em mobília escolar
Os 53 m³ ilegais de madeira nativa da Mata Atlântica apreendidos durante a ‘Operação Olho Vivo II’, coordenada pelo Ministério Público estadual em março, devem ser transformados em 60 conjuntos de mesa com quatro cadeiras cada, para ser destinadas à rede municipal de ensino da cidade de Valença. A proposta surgiu a partir de iniciativa do promotor de Justiça Regional Ambiental da Costa do Dendê, Tiago Quadros, que requereu à juíza Ádida Alves dos Santos, do Juizado Criminal do município, autorização para doação do material apreendido ao ‘Centro de Formação Profissional Construir Melhor’. Segundo o promotor, o pedido foi realizado após terem sido verificadas as “reais necessidades da rede”.
Uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a instituição se comprometeu em confeccionar o equipamento, em audiência extraordinária realizada ontem com a presença do promotor Tiago Quadros, do secretário municipal de educação Josival Lemos Barbosa e da diretora executiva do Centro, Laís Freire Nascimento. Os 60 conjuntos deverão ser entregues em dois lotes de 30: o primeiro até o próximo dia 5 de outubro, e o segundo até o próximo dia 05 de dezembro.
A ‘Operação Olho Vivo II’ teve como alvo 24 estabelecimentos - entre serrarias, carpintarias e madeireiras – sendo 20 localizados na região de Valença, dois na zona rural de Taperoá, um em Santa Inês e outro em Ubaíra. A ação foi promovida pelo MP, por meio do Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente (Ceama) e do Núcleo Mata Atlântica (Numa), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa), Polícia Civil e 33º Batalhão de Polícia Militar de Valença. A coordenação ficou a cargo dos promotores de Justiça especializados em Meio Ambiente Tiago Quadros e Oto Almeida (Mata de São João). A operação contou ainda com a participação dos promotores de Justiça Adalto Araújo Silva, André Garcia de Jesus, Andrea Mendonça, Audo Rodrigues, Julimar Barreto, Marcelo Guedes, Marcelo Miranda e Paola Estefam.